Olá Vanessa, tudo vem? Vou contar minha história com a dislexia e o TDAH, desculpe os erros de português, pois ela (no caso aqui, a dislexia) não me deixa escrever muito bem e com boa coesão textual.
Tenho dezoito anos moro em Luziânia Goiás. Bem! Minha historia com a dislexia começa quando comecei a cursar a segunda série do primeiro grau. Eu percebia que não conseguia acompanhar a turma, todo mundo entendia tudo e eu lá boiando, parecendo que a professora fala grego comigo, eu me sentia diferente como se eu fosse retardado mental, não consegui fazer minhas tarefas principalmente de português e matemática.
Quando eu ia fazer tarefa de português ou ler um texto parecia que as palavras não faziam sentindo, como se eu olhasse mais elas não me falassem nada, igual você montar uma equação matemática e não entender o que você fez.
O tempo foi passando e eu não aprendia nada. Na quinta série eu aprendi a ler bem.
A quinta série! Nossa me lembro como se fosse hoje os professores explicando e eu sem saber o que eles estavam falando, foi ai que minha mãe (minha salvadora) resolveu me levar em uma neurologia, depois disso eu descobri meu pesadelo, foi como acordar de um sonho e ver que o sonho virou um inferno!
Comecei a tratar da dislexia tomando ritalina a 5mg , quando eu tomei a primeira vez eu achei que ela ia me ajudar cem por cento, mais ela só me ajuda a concentrar, ela não me ajuda a entender as coisas escrita.
Passado um tempo comecei a evoluir vi que eu tinha um dom para a informática, pois sem fazer curso nenhum eu já sabia mais do que pessoas que já faziam curso. Chegado meu ensino médio a que lastima, mudei de colégio minha mente começou a mudar, não conseguia tirar boas notas os professores não me orientavam tudo mais... Depois de um tempo colégio se adequou a min., mas não me da à devida assistência em sala de aula, mas acho que isto é porque se um professor for parar para me explicar ele vai perder muito tempo, ai nisso eu me ferro nas minhas notas, mais tem uma coisa boa, eu faço prova separado ai consigo me concentrar mais mesmo assim não resolve meu problema, pois acho que a prova deveria ser 50% escrita e 50% oral mais tudo bem eu me viro.
Agora vem outra lastima na minha vida, a faculdade, eu já andei me informando e as faculdades que eu quero não têm apoio a desleixos, a única que tem apoio, eu acho que não consigo passar que é a UnB, pois a prova dela tem muita interpretação e eles só oferecem leitor na prova, não oferecem uma pessoa pra me explicar à questão. Por causa disso estou sofrendo muito, pois não sei do meu futuro.
A dislexia tem muita coisa ruim, mais ela tem uma coisa boa, eu vejo o universo de uma forma diferente, eu sinto mais as coisa ao me redor, eu amo mais intensamente, eu vejo tudo de uma forma diferente como se eu vivesse em um universo paralelo a esse!
Depoimento cedido por Flavio, em junho de 2011 e transcrito conforme escrito pelo próprio depoente.
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Ele tem toda a razão! Essas pessoas são naturalmente apaixonadas em tudo que fazem e não medem esforços para se superarem e, com isso fogem das regras pré-estabelecidas pelo social. Falam o que sentem a qualquer hora e em qualquer lugar! São o que são e nada mais. E isso causa inúmeros desconfortos em suas vidas, tais como: falta de interesse e preparo por parte das pessoas que convivem com os ditos Disléxicos e Hiperativos, política de medicalização por parte das autoridades de saúde que, em sua maioria, baseiam-se em pseudo-testes que não servem para avaliar pessoas e, sim, coisas, discriminação social, dentre outros. É de extrema valia para todos nós poder conhecer melhor essa questão que, em verdade só se prejudica pelo fato da maioria das pessoas envolvidas, a tratarem como situação "problema" e não como "desafio" por sua especificidade. É o tipo de situação que exige alguém 100% comprometido e isso requer doação de espírito, em sua plenitude. Não adianta programar todo o dia do indivíduo "diferente" com inúmeros especialistas de todo o tipo, se não houver carinho, paciência, dedicação presencial e pre-disposição para aprender a se lidar com o "novo".
ResponderExcluirVanessa,aqui é o Dan Vz, tudo bem ?
ResponderExcluirEsse texto do rapaz com dislexia e TDHA, o Flávio, é revelador sobre o quanto essas pessoas sofrem com a admnistração da famigerada Ritalina, entre outras panacéias da mesma classe farmacológica. E, ao mesmo tempo em que são oferecidas doses cavalares de remédios, são negadas, na mesma proporção as doses de carinho, compreensão, tolerância, diálogo e amor diários.. Tudo o que a humanidade ingênua luta por ' se livrar ', e resolver com um ' passe de mágica ' instantâneo, resultará em desastres de convívio familiar e em adultos frustrados, incompreendidos e revoltados com seus pais e com a sociedade de um modo geral. Fico aqui me lamentando como a humanidade não dá valor à uma pessoa como o Flávio, que diz que não entende muito de equações e literatura, mas entende algo de informática e uma - ENORMIDADE - sobre sensibilidade e sentimentos, como pode se constatar no final de seu texto. Lamento muito por quem não soube conviver ou entender o Flávio. Lamento por sua cegueira, burrice e falta total de sensibilidade. Uma pedra teria mais sensibilidade do que alguns professores.