Fonte: Pixabay |
O Processamento Auditivo Central (PAC) compreende um conjunto de habilidades auditivas realizadas pelo sistema nervoso central, necessárias à interpretação das informações que chegam por meio da audição. Pessoas que sofrem do Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) possuem alterações em uma ou mais destas habilidades auditivas de linguagem e aprendizagem. Apresentam também uma audição periférica normal e dificuldade de compreender o que é falado.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) a razão para se avaliar o processamento auditivo (PA) em disléxicos está baseada na hipótese que um déficit perceptual auditivo pode agravar em muito os problemas de aprendizagem, incluindo problemas específicos de leitura e distúrbios de linguagem. Para avaliar o grau do distúrbio e suas conseqüências são realizados testes por fonoaudiólogos para averiguar os mecanismos fisiológicos de atenção eletiva para sons não verbais em escuta dicótica, discriminação de sons em seqüência e reconhecimento de padrões temporais.
Estudo
Dez sujeitos disléxicos diagnosticados pela equipe de saúde da ABD, cujas faixas etárias variaram entre 12 a 15 anos de idade, sendo nove do sexo masculino e um do sexo feminino foram avaliados quanto aos diferentes mecanismos auditivos. Esses indivíduos possuíam nível de escolaridade de 4ª a 7ª série do Ensino Fundamental e todos eram destros. Quanto à presença de dificuldades em ouvir, foram registrados 50 % de ocorrências de queixas; quanto à dificuldade de falar, 60% de ocorrências; a desatenção persistiu em 90% de ocorrências e antecedentes de otites na infância, ficou em cerca de 50% de queixas.
Nesse grupo de disléxicos estudados ficou evidenciada a dificuldade em lidar com sons verbais e não verbais mostrando que no trabalho de linguagem realizado com esses pacientes devem ser destacadas os aspectos de compreensão da fala trabalhando a análise auditiva dos sons da língua materna, ou seja, os aspectos segmentais da linguagem, a compreensão da linguagem, bem como trabalhar aqueles parâmetros que permeiam a mensagem lingüistica propriamente dita que são denominados aspectos suprasegmentais da linguagem. Que são freqüência, intensidade do som, a tonicidade, o ritmo e a entoação da fala.
TDAH
Na avaliação de Carmelita Rodrigues, psicóloga junguiana, há uma nova luz no fim do túnel para pessoas com sintomas de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). “Nos últimos quatro anos, especialistas têm trabalhado com uma nova investigação e novo diagnóstico que muda muita coisa nos casos de agitação e falta de concentração: o DPAC”, afirmou a psicóloga em artigo publicado no site psicopauta. De acordo com ela, o distúrbio causa alterações em uma ou mais das habilidades auditivas que afetam o desenvolvimento da aprendizagem e da linguagem e por conta deste distúrbio, a criança apresenta sintomas e comportamentos semelhantes aos registrados em portadores do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o que no entendimento dela, leva ao erro de diagnóstico. “Assim, crianças que hoje estão sendo medicadas com a Ritalina, por terem sido equivocadamente diagnosticadas como TDAH, precisam de revisão no tratamento urgente porque quando se trata de DPAC, a Ritalina não funciona e nem é necessária”, afirma a psicóloga. Para ela, a terapêutica para os DPACs são exercícios de reabilitação fonoaudiológicos, realizados por profissionais especializados. O diagnóstico exige um exame audiométrico específico.
Causas do DPAC
As causas do DPAC podem ser as mais variadas possíveis, porém, destacam-se:
- Otites freqüentes na primeira infância (a privação sensorial provocada por otites de repetição pode causar dificuldade para reconhecer padrões sonoros e na formação dos engramas dos sons da fala);
- Alterações de ouvido médio e interno;
- Pouca estimulação auditiva;
- Disfunções subclínicas das vias auditivas causadas por: hiperbilirrubinemia, anóxia neonatal, sífilis, malformações congênitas, entre outros;
- Hereditariedade;
- Síndromes neurológicas; doenças neurológicas e degenerativas, epilepsia, entre outros.
Sinais e Sintomas do DPAC
De acordo com especialistas, pessoas que sofrem do DPAC podem apresentar alguns destes sintomas e não necessariamente todos:
- Solicitam freqüentemente a repetição da mensagem falada dizendo: hã?, o quê, oi?. São distraídos e desorganizados;
- Tem comportamento agitado ou quieto demais;
- Tem dificuldade em seguir direções e instruções orais;
- Apresentam vocabulário restrito;
- Tem dificuldade em compreender a mensagem falada em presença de ruído competitivo;
- Tem dificuldade de memória e, tempo de atenção curto;
- Tem dificuldade em entender piadas e mensagens de duplo sentido; confundem o que ouvem;
- Apresentam dificuldades de linguagem, fala, leitura e/ou escrita.
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