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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Declaração Internacional de Consenso sobre o TDAH

Um grupo de especialistas de diferentes países, que defende a tese da existência do TDAH, preocupados com a má informação que vem cercando o conhecimento sobre o transtorno, decidiu assinar uma declaração conjunta com a intenção de desfazer uma série de mal entendidos que os meios de comunicação têm veiculado. De acordo com estes especialistas, a mídia tem contribuído de forma imprecisa e negativa na divulgação sobre o que vem a ser o transtorno e também sobre as polêmicas acerca dos conflitos científicos.

A lista dos pesquisadores que assinaram a declaração  foi encabeçada pelo professor de Psiquiatria e Neurologia da Universidade da Massachussetts Medical School, EUA,  Russell A. Barkley, e contou com a assinatura de cerca de 80 profissionais.

De acordo com o texto da declaração, o TDAH é um transtorno com o qual os cientistas estão bastante familiarizados e muitos deles, inclusive, dedicam uma vida inteira à  pesquisa científica. Estes pesquisadores afirmam  ainda temer que histórias incorretas, que apresentam o TDAH como um mito, uma fraude ou uma condição benigna, possam impedir milhares de portadores a procurarem tratamento para o seu problema. Para eles, essas informações criam no público uma sensação geral de que o transtorno não é legítimo nem real, ou consiste em aflição trivial.

TDAH x Moda

Para o mestre em Psiquiatria e Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do GEDA (Grupo de Estudos do Déficit de Atenção), Daniel Segenreich, em toda época há tendência de se falar de novos sintomas e os da atualidade são a Anorexia, a Bulimia e o TDAH. “As pessoas tendem a optar pelo que é mostrado como novo e o TDAH está na crista da onda, mas o transtorno não é novo. É estudado desde a década de 60”, afirmou o pesquisador durante palestra sobre o contexto histórico, etiologia e aspectos epidemiológicos do TDAH em curso direcionado aos professores no portal Atenção Professor.

Agora, se você for dar um “google” na sigla TDAH e selecionar algumas reportagens publicadas pelos meios de comunicação  irá conferir que a maioria delas relaciona o transtorno com nomes dos principais gênios da humanidade, como Albert Einstein, Thomas Edison, Ágata Christie etc. Será que este tipo de exposição/relação pela mídia não contribui para forçar um laudo positivo? Eu acredito que sim porque enquanto não houver evidências científicas para sanar qualquer tipo de dúvida quanto à existência do transtorno para poder separar o “joio” do “trigo”  e  enquanto o diagnóstico for realizado mediante um questionário, que na minha opinião, mais parece um questionário de revista feminina, é muito fácil manipular e maquiar dados do que enfrentar a possível realidade: a escola tem de mudar.


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Para ler a íntegra da Declaração Internacional de Consenso sobre o TDAH, clique aqui. O documento está na língua inglesa. Caso prefira ler um resumo, foi publicado um na língua espanhola, é só clicar aqui.

Para assistir à palestra do  pesquisador Daniel Segenreich, clique aqui.

Para conhecer o questionário utilizado para o diagnóstico do TDAH, clique aqui.

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A informação é o melhor remédio!!!

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