Total de visualizações de página

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Preconceito contra existência de transtornos pode virar crime



Exibindo Ficheiro:Não ao preconceito.png – Wikipédia, a enciclopédia livre



Psicofobia. Este é o termo sugerido  para designar como crime qualquer tipo de preconceito sobre transtorno ou deficiência mental.  Foi discutido durante Audiência Pública, no Senado Federal, para debater o Projeto de Lei nº 236 de 2012, de reforma do Código Penal Brasileiro, no dia 29 de agosto de 2012.

Pela proposta, a psicofobia integrará o mesmo capítulo que trata do racismo e do preconceito de gênero. Desse modo, passaria a ser considerada também como crime, com  prisão de dois a quatro anos. O texto prevê pena maior, de três a seis anos, para os casos em que a presença de deficiência ou transtorno resulte no impedimento de inscrição em estabelecimento de ensino ou na dificuldade de acesso aos recursos necessários para a aprendizagem.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Denise Ghigiarelli, afirmou  ter  vivido essa dificuldade com o filho, Emanuel, 15, diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). "Quando ele era menor, os colegas diziam que ele era retardado porque tinha que tomar remédio. Acabava que muitas vezes ele jogava o medicamento fora."  De acordo com a reportagem , Denise  é favorável à inclusão da psicofobia no Código Penal. Ela diz que, se o crime já existisse, teria denunciado a professora que tentou impedir a presença do menino em feira de ciências. "Ela disse que ele era muito estabanado e não ia participar. Tive que ir lá para intervir", afirma ela, que decidiu trocar o filho de escola.

De acordo com reportagem no portal da Associação Brasileira de Psiquiatria,  participaram da Audiência Pública, o presidente da Associação, Antônio Geraldo da Silva, a vice-presidente da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), Helena Maria Calil, o diretor da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, Daniel Fuentes  e a presidente da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), Iane Kestelman.

Iane Kestelman disse também  que, em relação ao Transtorno de Déficit de Atenção, são divulgadas informações equivocadas e errôneas, como o lançamento da campanha “Não à Medicalização da Vida”, pelo Conselho Federal de Psicologia. “Com as informações divulgadas pela mídia sobre a campanha do Conselho Federal de Psicologia, tivemos mais de 200 mil visitas no nosso portal de pessoas com dúvidas sobre o tratamento. Opiniões pessoais, ataques aos portadores de transtornos mentais são a expressão mais genuína do preconceito. Estamos falando de uma doença de TDAH, uma doença neurobiológica. Precisamos fazer inclusão social”, afirmou Kestelman.

O portal do Fórum conta a Medicalização da Vida publicou um boletim específico criticando o assunto. O texto do boletim começa  afirmando que a psicofobia é um transtorno muito comum hoje em dia, especialmente no público dos especialistas que pretendem diagnosticar o TDAH e que seu sintoma básico é o temor (fobia) do sujeito (psique = alma, mente), da subjetividade expressa no enquadramento e silenciamento daqueles que, ao receberem o veredicto de “transtornados” ou “hiperativos”, são sentenciados e condenados através de um diagnóstico. A condenação e silenciamento dos sujeitos se realiza através da alegação de que há alterações na circulação de dopamina, catecolamina ou noradrenalina nos cérebros das pessoas portadoras de TDAH.


Curta nossa página no FACE e siga o canal no YOUTUBE para ficar por dentro de todas as atualizações.

_____________________________________________________________________________

Participe. Comente. Compartilhe.
A informação é o melhor remédio!!!

________________________________________________
 
Para ler na íntegra a reportagem da Folha de São Paulo, clique aqui.


Para saber mais sobre a campanha da Associação Brasileira de Psiquiatria, clique aqui.


Para ler na íntegra o texto da emenda proposta pelo Senador Paulo Davim, clique aqui.


Para ler o boletim sobre psicofobia e TDAH ,do Fórum contra a Medicalização, clique aqui.



Um comentário:

  1. boa tarde meu nome é Lukas moro na tijuca rio de janeiro
    e vinho dizer que eu apoio
    essa
    lei porque eu tenho um filho
    com sindrome de down e as crianças o discriminão o chamam de retardado e chegaram a até bater nele ele ta muito traumatizado tive que mudar de escola com ele
    3 vezes e mesmo assim continua o problema
    eu realmente gostei dessa
    lei mais
    eu acho que essa lei deveria
    ter uma pena mais rigoroza
    tipo assim 10 anos de cadeia mais pagamento multa para vitima
    espero que essa lei entre em vigor e ajude nossos
    filhos ser diferente não é
    vergonha nenhuma

    ResponderExcluir

Atenção: comentários ofensivos serão deletados. Favor colocar nome e cidade onde mora. Sua opinião, positiva ou negativa, é bem-vinda desde que mantenha a educação e o bom nível.