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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Eu me achava uma burra" afirma psiquiatra diagnosticada com TDAH



Psiquiatra é entrevista no programa do Jô


"Eu me achava uma burra" afirma psiquiatra diagnosticada com TDAH 

"Quando tive o diagnóstico e comecei o tratamento, eu me senti como um míope que põe o primeiro par de óculos e percebe que o mundo é cheio de detalhes", afirmou a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Filho, autora do best-seller Mentes Inquietas, que fala sobre o TDAH, à edição 2132 da revista Veja. De acordo com a médica, "quem tem TDA presta uma atenção acima da média naquilo que desperta seu interesse verdadeiro. É o que a gente chama de hiperfoco. Por isso, acho injusto falar de déficit de atenção. O que existe é uma atenção instável", afirmou.

Questionada sobre a cura do TDAH, a médica foi enfática: "Não tem cura, mas há grandes chances de um final feliz. No momento em que você entende sua engrenagem, passa a dominá-la em vez de ser dominado por ela. Aí pode até levar vantagens. O excesso de pensamento – que causa exaustão, desorganização e esquecimento – também traz ideias. Existem ideias boas e más. O grande aliado de quem sofre de TDAH é um caderninho. Em qualquer lugar, eu anoto pensamentos que já deram origem a capítulos de livros. Mesmo para ideias sem sentido, é vital ter organização. Dalí pode sair algo realmente inovador". explicou.

  Sobre o sucesso de seu livro Mentes Inquietas, que chegou a vender mais de 200 mil cópias, a médica afirmou que começou sem nenhuma pretensão. "Aliás, o diretor da primeira editora que procurei, quando viu o livro, disse que o tema déficit de atenção não vendia e queria me convencer a escrever sobre compulsão por compras. Fiquei muito brava e, de maneira impulsiva, rasguei o contrato que já havia assinado. Decidi vender meu Peugeot 205 e mandei fazer 3.000 exemplares do livro. Minha ideia era colocar no site da clínica e vender pela internet. Em um mês o livro vendeu 20 mil cópias", disse.

Dislexia


De acordo com a psiquiatra, além do TDAH, ela também tem Dislexia. "Quando eu era pequena, tinha um diário, mas escrevia tudo errado. Trocava ou repetia as sílabas. Eu adorava escrever na máquina Olivetti. Meu pai, que era professor de português, vinha e corrigia tudo. No final, o texto só tinha vermelho. Ele brincava: "Filhinha, ainda bem que você não vai ser escritora". Minha mãe já era o contrário. Ela dizia: "Adorei o conteúdo, mas, filha, você precisa prestar atenção nas palavras, nos acentos", contou.

Excesso de diagnósticos e tratamento

Em matéria veiculada pelo caderno Folha Equilíbrio a psiquiatra afirmou que concorda que exista um grande excesso de diagnosticos e tratamento de TDAH. "Recebo muitas crianças cujos pais chegam ao consultório dizendo que os filhos têm TDA. Teve uma mãe que dizia que o filho tinha TDA porque era muito "criativo" e citou o fato dele ter ateado fogo em pererecas para parecerem fogos de artifício. Aquilo não era criatividade e sim perversidade. Também tem pai achando que o filho tem TDAH porque está disperso na época do vestibular. Mas ele pode estar apaixonado ou usando drogas. Há exames que mostram se a pessoa usou drogas nos últimos três meses. Ela não precisa dizer", disse.


Snopse do livro Mentes Inquietas

Distraído, avoado, enrolado, esquecido, desorganizado, impulsivo, agitado, inquieto, vive a "mil por hora". Estes são alguns adjetivos mais comuns usados para descrever o comportamento de pessoas que, injustamente, são tidas como preguiçosas, irresponsáveis e rebeldes. Na realidade, elas possuem um funcionamento cerebral diferente denominado Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade  (TDAH), caracterizado por distração, impulsividade e hiperatividade. Escrito com clareza, espontaneidade e muito bom humor, Mentes Inquietas soa como uma conversa na sala de estar de nossas casas, trazendo um alento ao coração das pessoas que por muito tempo se sentiram como "peixes fora d'água".
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Quer saber mais sobre a psiquiatra?Visite o site dela clicando aqui.

Para ler a da Folha Equilíbrio, clique aqui.

A entrevista publicada na Veja está disponível na versão online. Clique aqui e leia na íntegra.



 
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