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domingo, 15 de maio de 2011

Enquanto a ciência não se entende...Surge uma terceira via...

Pesquisando na rede encontrei um livro que fala sobre novas práticas pedagógicas, de Maria Antónia Jardim, doutora em Educação pela Universidade do Porto, Portugal, que logo me chamou atenção.  O livro tem sete artigos que abrangem áreas como psicologia, antropologia, pediatria, focando nas  chamadas “crianças índigo” e fala na necessidade de alterar as atitudes pedagógicas para poder lidar com “essas novas crianças”. 

Índigo – TDAH?  Será  que esses universos tão distintos podem  mesmo aproximar-se? Há uma possibilidade concreta de relação  entre eles?  Minha mente não conseguiu acalmar-se até entrevistar uma das responsáveis pela minha mais nova descoberta: a autora do livro. Afinal, sempre soube que essa terminologia:  índigo,  pertencia ao universo místico, esotérico, espiritualista. O que será que estaria fazendo em um livro sobre técnicas pedagógicas e em uma Universidade como tema de curso de mestrado? Precisava descobrir logo essas respostas porque poderiam ajudar-me a entender melhor sobre as polêmicas a respeito da  existência ou não do TDAH (Déficit de Atenção com Hiperatividade) e da Dislexia.  Afinal, enquanto a ciência não se entende, poderia estar surgindo uma terceira via de entendimento.

Confesso que no começo achei tudo meio estranho, parecia ser coisa de filme de ficção científica. O que posso dizer agora é que tudo indica que este novo conceito poderá promover a quebra dos atuais paradigmas educacionais. E, vamos concordar comigo: já está na hora disso acontecer...

Para quem não sabe o  significado de índigo

De  acordo com o  site wikipedia,   “crianças índigo” é uma teoria  que fala sobre o surgimento de uma nova geração de crianças com habilidades especiais  e que estão nascendo, principalmente em grande peso, depois dos anos 80,  para promover  a “Nova Era”, a construção de uma nova "Humanidade centrada nos reais valores humanos”. De acordo com essa teoria, “essas crianças”, teriam habilidades sociais mais refinadas, maior sensibilidade, desenvolvimento profundo de questões ético-morais e portariam personalidades peculiares que possibilitariam facilmente sua identificação em meio a outras crianças. As “crianças índigo” são também comumente associadas à geração Y.

A ENTREVISTA

Além  de escritora e doutora em educação pela Universidade do Porto, uma das mais antigas do mundo, Maria Antónia Jardim também é coordenadora do mestrado em Criatividade e Inovação da Universidade Fernando Pessoa, em Portugal, e também  professora de psicologia da arte. Já deu palestras aqui no Brasil, na Universidade Federal de Pernambuco.  Concedeu-me a entrevista abaixo, via email, em 08/03/2011,  para publicação em meu livro sobre os transtornos de aprendizagem, que logo sairá do forno. Enquanto o livro não fica pronto, compartilho com vocês um pouco do que ela me disse:

Vanessa M Gasquez:  Como surgiu a ideia de escrever um livro unindo o universo da ciência oficial com o da chamada “nova era”,  “new age”?
Maria Antónia Jardim: Surgiu porque era necessário um livro acadêmico sobre o fenômeno índigo que anulasse a aura esotérica deste tema.  A energia dos índigos é uma energia de ruptura com antigas formas de ensinar.Vocês podem perceber, observar, essas crianças obrigam-nos a questionar as coisas, a mudar a forma como procedemos e até a forma de vivermos, com vista a um maior crescimento e progresso.

VMG – Chegou a encontrar alguma dificuldade em fazer essa ponte, essa ligação entre dois universos totalmente opostos?
MAJ:  Não senti dificuldade alguma. A ponte é feita por quem lê e não por quem coordena o livro.  Enfatizei as novas atitudes pedagógicas e a revolução de consciência que urge fazer.

VMG : Em algum momento sentiu preconceito?
MAJ:  Sim, algum. No entanto, quando ministrava  palestras, explicava sobre o ponto de vista acadêmico, os convidados, no geral, mostravam-se muito satisfeitos e curiosos em saber mais. Tanto é que o livro já está  na 2º edição e  foi até  lançado na  Biblioteca de Alexandrina, no Egito, em maio de 2009.

VMG : Como tem sido a recepção das ideias sobre as novas atitudes pedagógicas?
MAJ A  recepção tem sido ótima. Freqüentemente sou convidada a participar de programas de rádio e televisão e também ministrar palestras em escolas, universidades. Os pais sempre são os que mais  querem saber. Mas, percebo que há receio por parte de alguns professores. No fundo, creio que sabem  que a pedagogia tem que ser alterada e muito.

VMG  - O livro  faz uma relação entre o universo índigo e as crianças com transtornos de aprendizagem, entre eles o TDAH e a Dislexia. Como essa relação é possível? 
MAJ:   Por falta de informação, o universo índigo é confundido permanentemente com autismo, hiperatividade e défict de atenção. É possível verificar a relação observando o comportamento. 

VMG  Qual sua opinião sobre o uso da medicalização quando uma criança tem diagnóstico de TDAH? O Brasil já é o segundo maior país consumidor no mundo de Ritalina, conhecida também como a "droga da obediência".
MAJ:   Florais de Bach, será a melhor terapia. Os Florais são utilizados no tratamento de muitas crianças índigo e é a experiência  que dá os créditos do bem fazer.

VMG Qual sua opinião sobre os índices que mensuram a educação, como é o caso do PISA.
MAJ:   Não revelam o que é essencial: mudar a maneira de pensar dos adultos sobre si próprios e sobre a sua autoridade e poder.


VMG  - Esses índices prejudicam o desenvolvimento de uma nova prática pedagógica? No Brasil, por exemplo, esses  índices são usados também para bonificar os professores e colocar um ranking de quais são as melhores escolas.
MAJ Saber muito não é saber ser e isso é muito mais importante na sociedade de hoje! Saber pensar, a arte de viver e de sentir é que deve constar de um currículo, obrigatoriamente.

VMG  - Em sua opinião, como seria um modelo de educação  capaz de atender às exigências do mundo contemporâneo.
MAJ:   De uma educação, deveria sair modelos de  que todos nós, sem exceção,  somos superdotados  e especiais. Uma educação voltada aos talentos, individualizada,  motivada, em que o botão de “start”, “começar”, estivesse sempre presente. Em que os alunos marcassem TPCs (reuniões entre professores) junto aos professores e estes ficassem contentes com isso! Uma educação que preparasse para o imprevisível, para o absurdo, para o híbrido e o diferente. É isso a vida e é disso que a matéria deste século é feita. Portanto, o saber deve adaptar-se à novas situações, improvisar e usar a imaginação torna-se básico no mundo contemporâneo.

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