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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TDAH e Dislexia & Distúrbio do Processamento Auditivo Central



Exibindo Ouvir Mulher Jovem - Foto gratuita no Pixabay
Fonte: Pixabay




O Processamento Auditivo Central (PAC) compreende um conjunto de habilidades auditivas realizadas pelo sistema nervoso central, necessárias à interpretação das informações que chegam por meio da audição. Pessoas que sofrem do Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) possuem alterações em uma ou mais destas habilidades auditivas de linguagem e aprendizagem. Apresentam também uma audição periférica normal e dificuldade de compreender o que é falado.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) a razão para se avaliar o processamento auditivo (PA) em disléxicos está baseada na hipótese que um déficit perceptual auditivo pode agravar em muito os problemas de aprendizagem, incluindo problemas específicos de leitura e distúrbios de linguagem. Para avaliar o grau do distúrbio e suas conseqüências são realizados testes por fonoaudiólogos para averiguar  os mecanismos fisiológicos de atenção eletiva para sons não verbais em escuta dicótica, discriminação de sons em seqüência e reconhecimento de padrões temporais.

Estudo

Dez sujeitos disléxicos  diagnosticados pela  equipe de saúde da ABD, cujas faixas etárias variaram entre  12 a 15 anos de idade, sendo nove do sexo masculino e um  do sexo feminino foram avaliados  quanto aos diferentes mecanismos auditivos. Esses indivíduos  possuíam nível de escolaridade de 4ª a 7ª série  do Ensino Fundamental e todos eram destros. Quanto à presença de dificuldades em ouvir, foram registrados 50 % de ocorrências de queixas; quanto à dificuldade de falar, 60% de ocorrências; a desatenção persistiu em 90% de ocorrências e antecedentes de otites na infância, ficou em cerca de 50% de queixas.

Nesse grupo de disléxicos estudados  ficou evidenciada a dificuldade em lidar com sons verbais e não verbais  mostrando que no trabalho de linguagem realizado com esses pacientes devem ser destacadas os  aspectos de   compreensão da fala   trabalhando a análise auditiva dos sons da língua materna, ou seja, os aspectos segmentais da linguagem, a compreensão da linguagem,  bem como trabalhar aqueles  parâmetros que permeiam a mensagem lingüistica propriamente dita que são denominados aspectos suprasegmentais da linguagem. Que são  freqüência, intensidade do som, a tonicidade, o ritmo e a entoação da fala.


TDAH

Na avaliação de Carmelita Rodrigues, psicóloga junguiana,  há uma nova luz no fim do túnel para pessoas  com  sintomas de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).  “Nos últimos quatro anos, especialistas têm trabalhado com uma nova investigação e novo diagnóstico que muda muita coisa nos casos de agitação e falta de concentração:  o DPAC”, afirmou a psicóloga em artigo publicado no site psicopauta. De acordo com ela, o distúrbio causa alterações em uma ou mais das habilidades auditivas que afetam o desenvolvimento da aprendizagem e da linguagem e por conta deste distúrbio, a criança apresenta sintomas e comportamentos semelhantes aos registrados em portadores  do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o que no entendimento dela, leva ao erro de diagnóstico. “Assim, crianças que hoje estão sendo medicadas com a  Ritalina, por terem sido equivocadamente diagnosticadas como TDAH, precisam de revisão no tratamento urgente porque quando se trata de DPAC, a Ritalina não funciona e nem é necessária”, afirma a psicóloga. Para ela, a terapêutica para os DPACs  são exercícios de reabilitação fonoaudiológicos, realizados por profissionais especializados. O diagnóstico exige um exame audiométrico específico.


Causas do DPAC

As causas do DPAC podem ser as mais variadas possíveis, porém, destacam-se:

-         Otites freqüentes na primeira infância (a privação sensorial provocada por otites de repetição pode causar dificuldade para reconhecer padrões sonoros e na formação dos engramas dos sons da fala);
-         Alterações de ouvido médio e interno;
-         Pouca estimulação auditiva;
-         Disfunções subclínicas das vias auditivas causadas por: hiperbilirrubinemia, anóxia neonatal, sífilis, malformações congênitas, entre outros;
-         Hereditariedade;
-         Síndromes neurológicas; doenças neurológicas e degenerativas, epilepsia, entre outros.


Sinais e Sintomas do DPAC

De acordo com especialistas, pessoas que sofrem do DPAC podem apresentar alguns destes sintomas e não necessariamente todos:

-         Solicitam freqüentemente a repetição da mensagem falada dizendo: hã?, o quê, oi?. São distraídos e desorganizados;
-         Tem comportamento agitado ou quieto demais;
-         Tem dificuldade em seguir direções e instruções orais;
-         Apresentam vocabulário restrito;
-         Tem dificuldade em compreender a mensagem falada em presença de ruído competitivo;
-         Tem dificuldade de memória e, tempo de atenção curto;
-         Tem dificuldade em entender piadas e mensagens de duplo sentido; confundem o que ouvem;
-         Apresentam dificuldades de linguagem, fala, leitura e/ou escrita.
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6 comentários:

  1. qual seria o papel da escola com crianças diagnosticadas com DPAC, as escolas não sabem como devem proceder.

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  2. Olá, obrigada pela participação. O papel da escola deveria ser o mesmo com alunos sem laudo e com laudo, ou seja, proporcionar uma educação digna para que todos possam ter a oportunidade de desenvolver suas habilidades. Digo "deveria" pois, no ambiente de sala de aula muitas vezes é difícil para o professor conseguir atender a todos igualmente porque é humanamente impossível conseguir lidar com as diferenças sem apoio estrutural.

    O sistema educacional brasileiro funciona como uma verdadeira linha de produção fordista. Quando há alunos com DPAC em sala de aula é necessário um outro plano de estudos, um tempo maior para o professor poder planejar as aulas e conseguir dar um atendimento individualizado ao aluno. Condições que diante de um sistema educacional como o nosso fica humanamente impossível de se cumprir. Infelizmente a realidade é essa. A Lei deveria mudar...

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  3. Bom dia.
    Meu enteado foi diagnosticado com TDAH, DÉFICIT no PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL e DISLEXIA.
    Neste caso segundo o que foi dito acima, a Ritalina não é indicado no caso dele?
    Na sua opinião qual seria o melhor direcionamento neste caso?

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  4. Oi, sou professor e supervisor pedagógico de escola pública do DF, tenho uma filha com DPAC estudando em escola particular, travo uma luta diária com a escola dela para abrir os horizontes da forma de avaliação.
    Se alguém puder me ajudar gostaria de ter um melhor conhecimento da Lei que garante os direitos para crianças com esse problema pois vejo que a falta de informação é o maior problema para as escolas.
    Obrigado
    Geysson Flávio

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  5. Olá! Eu tenho DPA, e sempre notei que tenho mais dificuldade em aprender que outros, principalmente na hora de estudar, ler, eu sou muito lerda! Mas só descobri meu diagnóstico no último ano do colegial, agora estou no cursinho e estou ficando louca, me sinto atrasada! Não consigo terminar todas as tarefas sempre tem algo para o final de semana!
    Quando eu era criança frequentei uma fonoaudióloga, mas não entendia o porque e meus pais não me deixaram terminar o tratamento, acho que pensavam que era bobagem! Repeti de ano e fui para uma psicopedagoga que demorou dois anos para me dizer o diagnóstico! Agora estou em uma situação financeira complicada, não tenho como ir me tratar! Mas eu estou me sentindo tão desanimada e lerda! Tem algum conselho para me ajudar a me concentrar mais, sei lá? Obrigada!

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  6. Tem algum teste online para DPAC?
    Sofro de TDAH e as vezes fico em dúvidas porque tenho alguns dos sintomas relatados acima.
    Mas com excessão de que não tenho dificuldade em leitura, me interesso mais por livros literários. Não inverto palavras e até aprendo melhor fazendo anotações.
    Eu mais tenho dificuldades em atender quando me chama atenção e e as vezes pergunto de novo, mesmo tendo ouvido bem e até entendindo a pergunta, mas pergunto para confirmar o que realmente foi dito, parece que ao mesmo tempo eu sei o que me pediram e ao mesmo tempo não, ou eu capto parte do que falado. Mas não acontece tanto.
    Em uma conversa normal entre amigos, eu entendo bem o que é falado.
    E demoro para responder atender o pedido, por está mais focado em outra coisa, mesmo sabendo que outra pessoa me chamou.
    Quando não estou com pressa, a minha letra sai legível, não chega a ser rendondinha.

    Tenho sençação de vozes na minha mente, mas não conversando comigo e sim conversas de outras pessoas na minha mente, começam a conversar novas coisas.
    Isso acontece mais quando estou ansiosa e dificuldade em dormir.

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